Gestão administrativa: como manter uma gestão alinhada e transparente?

4 de setembro de 2025

Nem sempre manter as atividades de gestão administrativa ou financeira é uma tarefa fácil, muito pelo contrário. Entender o conjunto de normas e práticas vigentes pode ser um desafio frente à tantas questões que as organizações já tem em seu radar mensalmente.

Neste sentido, o artigo tem por objetivo contribuir a luz dessa temática que exige atenção constante a um conjunto complexo de leis, normas, regras e procedimentos. 

Afinal, aderir a essas normativas e critérios é fundamental para a manutenção da regularidade da instituição, garantindo também transparência das ações e operações de fortalecimento de vínculo e confiança com os públicos estratégicos da mesma.



Mas o que seriam públicos estratégicos neste cenário?


Siga a leitura conosco que a gente explica! 


Quando a gente fala no contexto do Terceiro Setor, parceiros são empresas, instituições ou pessoas que colaboram com a organização em projetos, ações ou iniciativas, oferecendo apoio técnico,  voluntário ou institucional.


Bom, já os financiadores são aqueles que contribuem com recursos financeiros, como fundações, empresas privadas, editais públicos ou doadores individuais, garantindo a continuidade das atividades da instituição. 


Por fim, os órgãos reguladores são entidades do governo responsáveis por fiscalizar e assegurar que a ONG ou associação siga todas as leis e normas, como Receita Federal, Ministério Público e conselhos municipais ou estaduais.


Agora lembre-se: manter uma relação clara e organizada com esses três grupos é muito importante para a transparência, a credibilidade e o crescimento sustentável de qualquer organização do Terceiro Setor.


A importância das leis e normas na gestão administrativa das ONGs


Atualmente, o que mais temos na gestão administrativa, financeira e contábil é um conjunto de leis, normas, regras e procedimentos que precisamos seguir para organizar e manter nossa ONG.


 Alguns pontos necessários são manter a regularidade cadastral e jurídica atualizada, incluindo Atas e Estatuto Social, cadastros e certidões na Receita Federal, Prefeitura, conselhos e demais órgãos reguladores.


Quando voltamos o olhar para a parte contábil, fiscal e trabalhista/previdenciária temos diversas declarações e obrigações acessórias, que, informalmente, são chamadas de  “ sopa de letrinhas”, como, por exemplo, ECD,ECF,E-Social, entre outras.


Obrigações acessórias e a “sopa de letrinhas”  da gestão administrativa no Terceiro Setor


A gestão administrativa, contábil e fiscal das organizações do Terceiro Setor envolve uma série de obrigações principais e acessórias, como falamos no texto acima. Entre elas estão eSocial, DCTF, DIRF, ECD e ECF, além dos futuros IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que ainda aguardam regulamentação por Lei Complementar após a Reforma Tributária.


Para garantir o cumprimento de todas essas exigências e manter a organização regular, é essencial contar com uma contabilidade atualizada e estruturada, seguindo os princípios da ITG 2002, norma específica do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) para Entidades sem Fins Lucrativos.


Com uma uma contabilidade organizada é possível teros balanços e demonstrações atualizadas, gerando transparência para a organização e parceiros, sempre sendo registrada com documentos suportes dentro da legislação vigente.


Para facilitar o controle e uma gestão mais ágil,  o uso de ERPs ou  planilhas eletrônicas podem dar maior visibilidade nos processos e facilitar a operação.


Seguir parâmetros pré-definidos pela legislação vigente, apesar de ser burocrático e trabalhoso, é de fundamental importância para mantermos a transparência e fortalecer a confiança institucional.

E aí, gostou deste conteúdo? Se você gostou das dicas sobre gestão contábil e fiscal para organizações do Terceiro Setor aproveite e assine nossa newsletter para receber conteúdos  que vão ajudar sua ONG a se manter regular, transparente e pronta para crescer.




Fernando T. Bertolini, contador com pós-graduação em Controladoria. Atuo na área financeira, com foco na integridade e transparência das informações, contribuindo para o fortalecimento do Terceiro Setor por meio de uma gestão ética e alinhada às boas práticas.



Inscreva-se na nossa Newsletter

Últimas publicações

Por Vinicius Santos 28 de agosto de 2025
Sua ONG pode parar de atuar de forma isolada. Confira como cocriar com startups e governos para inovar nos territórios!
Por Fernando Tadeu 21 de agosto de 2025
Saiba como aplicar normas contábeis na gestão de patrimônio da sua ONG e adotar controles eficientes para bens e ativos.
Para ONGs que precisam organizar suas atividades: aprenda a tirar o melhor proveito do Google Calend
Por Daniela Han 14 de agosto de 2025
Para ONGs que precisam organizar suas atividades: aprenda a tirar o melhor proveito do Google Calendar para gestão organizacional.
Por Rodrigo Cavalcante 11 de agosto de 2025
Criação de reserva de emergência: descubra por que essa prática é essencial para a sustentabilidade financeira da sua ONG.
Por Mariana Moraes 1 de agosto de 2025
O envelhecimento da população desafia o Terceiro Setor no Brasil. Entenda os impactos e como inovar diante da virada demográfica que já começou.
Por Movimento Bem Maior 29 de julho de 2025
O Movimento Bem Maior (MBM) acaba de disponibilizar o Case Institucional do Futuro Bem Maior, publicação que reúne dados, aprendizados e histórias de impacto das três primeiras edições do programa, realizado desde 2019 em parceria com o Instituto Phi e o Instituto Phomenta. Criado para fortalecer iniciativas sociais em territórios com alto índice de vulnerabilidade social, o Futuro Bem Maior já apoiou 166 organizações de 72 municípios com recursos flexíveis, capacitação e acompanhamento técnico. O case traz uma análise dos efeitos do programa em três níveis: nas organizações apoiadas, público atendido e comunidades. Entre os principais achados, destaca-se que 77% das organizações relataram fortalecimento da autoestima institucional; 73,8% aprimoraram suas capacidades técnicas; 76,1% melhoraram o atendimento ao público; 83,5% conseguiram dar continuidade aos projetos após o ciclo de apoio; 80% ganharam visibilidade em suas comunidades. “Confiar em quem vive os desafios de perto muda tudo. Nosso compromisso é impulsionar quem já transforma a realidade nas pontas. Este case mostra que a confiança, aliada a investimento estratégico, gera resultados reais e duradouros”, afirma Carola Matarazzo, diretora executiva do MBM. A publicação reforça a abordagem do MBM ao apostar em uma filantropia baseada em confiança, que descentraliza recursos e fortalece organizações sociais como motor de transformação social. O documento está disponível gratuitamente. Clique no botão abaixo para ter acesso! 
mostrar mais

Participe do nosso grupo no WhatsApp para receber nossos conteúdos em primeira mão

Entrar para o grupo