Quando paramos para pensar na origem do
termo ONG (Organização Não Governamental), vemos que ele só começou a ser utilizado na década de 1940, pela ONU (Organização das Nações Unidas), no contexto do final da Segunda Guerra Mundial.
O termo ONG se referia a organizações privadas que recebiam apoio de órgãos públicos e buscavam o desenvolvimento de comunidades, com a criação de projetos de apoio aos países pobres. E foi na década de 1970 e no contexto de resistência política na luta contra o autoritarismo que houve a formação e o fortalecimento de grupos com causas mais específicas, resultando na diversificação do campo de atuação dessas organizações.
Já na década de 1990 aconteceu uma expansão das ONGs com o aumento na formação de parcerias e voluntariado. Com isso, houve um maior apoio de instituições privadas para executar programas sociais que anteriormente eram associados ao Estado. Como consequência desse novo cenário, as ONGs ganharam força e visibilidade como organizações que atuam complementando a atuação do Estado na execução de projetos sociais!
O que seríamos de nós sem elas, não é mesmo?
E onde entra o Brasil nessa história?
Vimos até aqui que o surgimento das ONGs está fortemente relacionado com as questões sociais, políticas e econômicas de cada época, e que elas propõem condições mais justas nas diferentes causas que atuam.
No Brasil não foi diferente, durante o período do Regime Militar, houve o fechamento de diversas associações sociais e políticas e as necessidades das classes populares passaram a ser discutidas por grupos considerados ”semiclandestinos”. Inicialmente esses grupos estavam focados em direitos básicos e trabalhistas, mas com o tempo também começaram a discutir questões raciais, de gênero e de sexualidade.
Na década de 1970 assumiram características de organizações privadas na luta por direitos sociais.
Assim como aconteceu em outros países da América Latina,
a luta pela democracia está fortemente relacionada com a fundação de ONGs no Brasil. Na década de 1980, os centros de educação popular perderam o caráter “semiclandestino” e se fortaleceram com uma intensa mobilização da sociedade e com a volta de exilados ao Brasil, os quais contribuíram com suas experiências junto a organizações internacionais.
Com isso, há uma diversificação de causas e lutas e uma formalização desses grupos, assim, o termo ONG passou a ser utilizado oficialmente no Brasil. Com a definição de um termo e sua formalização, as ONGs começaram a se desenvolver ainda mais!
Na década de 1990, em um contexto de privatização e dificuldade de acesso a direitos básicos, as ONGs ganharam mais força na busca pelo bem estar social, chegando a receber recursos públicos para assumir parte das funções do Estado. Com isso, elas ganharam também um maior reconhecimento e se fortaleceram com a formação de redes de parceria. Atualmente, já existem cerca de 237.000 Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil.
E para fechar...
Vimos que o surgimento das ONGs está sempre ligado a fatos marcantes na história da humanidade e, olhando para o cenário atual de pandemia e crises políticas, vimos que não é diferente. Afinal de contas, se um novo mundo é possível, não sabemos, mas que ele é necessário, temos certeza! E a
Phomenta está aqui para apoiar empreendedoras e empreendedores sociais com informação e ferramentas de gestão e inovação para potencializar e fortalecer ainda mais as ONGs.
Vamos juntos!