7 ONGs e movimentos que pautam Justiça Climática para conhecer

11 de agosto de 2022

Este conteúdo foi produzido por Isvilaine da Silva Conceição


Em menos de 5 anos, vivemos os dois anos mais quentes da história do nosso planeta já registrados, os anos de 2016 e de 2020. 2020, por exemplo ficou 1,25°C mais quente que os níveis pré-industriais, segundo a agência europeia Copernicus Climate Change Service. Isso significa que daqui para frente estará cada vez mais quente.


Em meio a tantas injustiças climáticas, que nos atravessam em diversas esferas diariamente e que muitas vezes não associamos. Como por exemplo: na nossa alimentação, na mobilidade urbana, saneamento básico, água potável, defesa do território, energia etc. Muitas organizações atuam em alguma dessas áreas ou outras áreas para que possamos ter direito a um planeta ecologicamente equilibrado para vivermos.
Aqui vão 7 organizações que pautam a justiça climática que devemos conhecer:


1. Instituto Mapinguari


O
Instituto Mapinguari é uma Organização Não-Governamental (ONG), criada em maio de 2015 no Estado do Amapá. Atua na área socioambiental e é feito por pessoas amazônidas  que enfrentam os desafios e criam oportunidades em meio a tanta biodiversidade. Atuam com a proteção da fauna silvestre e com o fortalecimento de Unidades de Conservação e de cadeias socioprodutivas. 

Acreditam que através da educação podem transformar pessoas e construir uma sociedade ética, altruísta e sustentável.


Rede: https://www.instagram.com/imapinguari/ 



2. Rede Jandyras 


A
Rede Jandyras é uma iniciativa formada por mulheres de Belém, que surge pelo desejo de discutir os efeitos da crise climática na cidade, de forma interseccional. Atualmente a rede conta com quase 30 mulheres com idades, vivências e identificações étnico-raciais diversas. Além de agregar coletivos, grupos de pesquisa e organizações sociais.

A Agenda Jandyras é uma sistematização de dados, análises e propostas de ações de mitigação e adaptação aos efeitos da crise climática em Belém. Em 2012, lançaram a Agenda Climática para Belém, que reúne e apresenta propostas de ações de mitigação e adaptação da cidade aos efeitos das mudanças climáticas. 


Rede: https://www.instagram.com/redejandyras/ 



3. Engajamundo 


O Engajamundo é uma organização de liderança jovem e feita para jovens. Acreditamos na importância da atuação da juventude para enfrentar os maiores problemas ambientais e sociais do Brasil e do mundo!

Tem como missão conscientizar os jovens brasileiros de que mudando a si mesmo, o seu entorno e se engajando politicamente, eles podem transformar sua realidade.


Rede: https://www.instagram.com/engajamundo/ 



4. Resama


Fundada em 2010 no Brasil e no Uruguai, a
Rede Sul-Americana de Migrações Ambientais – RESAMA é uma iniciativa pioneira de coordenação e mobilização de especialistas, pesquisadores e profissionais para incluir o tema da migração ambiental nas agendas públicas da região. Esta iniciativa, cujo objetivo é a proteção integral das pessoas e comunidades afetadas, têm contribuído para o desenvolvimento e integração de políticas públicas e legislação sobre mudanças climáticas, desastres, migração e direitos humanos. Seus membros colaboram com organizações, redes e grupos de pesquisa relacionados ao tema e são autores de artigos científicos publicados em seus países e no exterior.


Rede: https://www.instagram.com/resama_org/ 



5. Casa Fluminense 


A
Casa Fluminense constrói coletivamente políticas e ações públicas para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com foco na redução das desigualdades, no aprofundamento da democracia e no desenvolvimento sustentável. Para que nossas ações continuem acontecendo, precisamos de pessoas que apoiem a construção de soluções por uma metrópole mais justa.

A Agenda Rio 2030 reúne um conjunto de políticas públicas articuladas para a região metropolitana do Rio de Janeiro, organizadas a partir das justiças econômica, racial, de gênero, e climática, com uma abordagem intersetorial e interseccional. Organizada pela Casa Fluminense, o conteúdo é produzido a partir de pesquisas, diagnósticos e processos de escuta coletiva com a rede de parceiros, através de entrevistas e encontros colaborativos.


Site: https://casafluminense.org.br/agenda-rio-2030/ 



6. COIAB


A
Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB, fundada no dia 19 de abril de 1989, é a maior organização indígena regional do Brasil, que surgiu por iniciativa de lideranças de organizações indígenas existentes na época, e como resultado do processo de luta política dos povos indígenas pelo reconhecimento e exercício de seus direitos, em um cenário de transformações sociais e políticas ocorridas no Brasil após a Constituição Federal de 1988.


A missão da COIAB é defender os direitos dos povos indígenas a terra, saúde, educação, cultura e sustentabilidade, considerando a diversidade de povos, e visando sua autonomia através de articulação política e fortalecimento das organizações indígenas.


Site: https://coiab.org.br/



7. CONAQ


A
Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas – CONAQ é uma organização de âmbito nacional, sem fins lucrativos que representa a grande maioria dos (as) quilombolas do Brasil. Da CONAQ participam representantes das comunidades quilombolas de 23 estados

Os objetivos da CONAQ é lutar pela garantia de uso coletivo do território, pela implantação de projetos de desenvolvimento sustentável, pela implementação de políticas públicas levando em consideração a organização das comunidades de quilombo; por educação de qualidade e coerente com o modo de viver nos quilombos; o protagonismo e autonomia das mulheres quilombolas; pela permanência do (a) jovem no quilombo e acima de tudo pelo uso comum do Território, dos recursos naturais e pela em harmonia com o meio ambiente.


Site: http://conaq.org.br/ 



Essas e outras ONGs espalhadas pelo Brasil buscam de maneira incessante que justiça socioambiental seja uma discussão plural e que envolva todos os mais afetados pela crise climática. Justiça climática é falar de pessoas, e se é falar de pessoas a sociedade civil deve estar envolvida nesses espaços de decisão porque nada sobre nós sem nós!




Isvilaine da Silva Conceição é agente de projetos do Círculo de Voluntariado Corporativo da Phomenta.


Inscreva-se na nossa Newsletter

Últimas publicações

Por Maria Cecilia Prates 28 de outubro de 2025
Nem tudo que é medido gera impacto real. Este artigo reflete sobre os riscos da obsessão por métricas no Terceiro Setor e como o foco excessivo em números pode distorcer o verdadeiro propósito social das organizações.
Por Rosana Meneses 16 de outubro de 2025
Entre metas, editais e sobrecarga, muitas gestoras do Terceiro Setor vivem o desafio de fazer tudo sozinhas. Neste relato,você verá lições práticas sobre como equilibrar a gestão de projetos e a captação de recursos sem perder a saúde, nem o propósito.
Por Fernando Porto 13 de outubro de 2025
Aprenda como usar o storytelling para engajar e inspirar. Descubra como ONGs podem criar narrativas autênticas que despertam empatia, fortalecem vínculos e mobilizam doadores.
Por Kamilly Oliveira 7 de outubro de 2025
Descubra como definir a missão e a visão da sua organização de forma prática e inspiradora. Um exercício essencial para alinhar propósito, estratégia e impacto social.
Por Ci Freitas 30 de setembro de 2025
O que realmente é turismo regenerativo? Vá além do sustentável e aprenda a sobre turismo sustentável e regeneração. Confira o artigo.
Por Instituto Phomenta 17 de setembro de 2025
Segundo o Governo Federal, para cada R$ 1 aplicado em projetos culturais, até R$ 1,60 volta para a economia. Esse movimento gera emprego e renda, amplia o acesso à arte e à educação e cria novas oportunidades de desenvolvimento. Apesar desse potencial, muitas organizações culturais atuam com orçamentos reduzidos e equipe limitada. Um levantamento da Iniciativa Pipa e do Instituto Nu aponta que 31% das organizações periféricas de cultura e educação têm orçamento anual de até R$ 5 mil, e 58% funcionam de forma totalmente voluntária, sem equipe remunerada. São iniciativas que já promovem impacto real, mas enfrentam dificuldades para acessar leis de incentivo, conquistar patrocínios e participar de editais. Porém, com apoio direcionado, podem fortalecer sua atuação e alcançar mais pessoas. Fortalecimento e oportunidade de crescimento O Programa de Aceleração Cultural é uma iniciativa do Instituto Phomenta, em parceria com o Ministério da Cultura e patrocínio do Grupo Ultra e suas unidades de negócio: Ultragaz, Ultracargo, ICONIC, Ultra e Instituto Ultra e Ipiranga. A proposta é apoiar organizações que atuam com cultura e educação, oferecendo formações e acompanhamento para melhorar a gestão, ampliar as estratégias de captação e facilitar o acesso a Leis de Incentivo à Cultura. O programa é gratuito, online, acessível para pessoas com deficiência e acontecerá no 2º semestre de 2025, com 40 horas de duração entre encontros ao vivo, atividades práticas e mentorias individuais. Além do conteúdo, as organizações participantes receberão bolsa auxílio de até R$ 2.000, como incentivo para participação ativa. Quem pode participar Organizações localizadas em São Paulo (SP), Campinas (SP), Santos (SP) e Duque de Caxias (RJ) que: Tenham pelo menos 1 ano de existência e CNPJ ativo Desenvolvam atividades culturais com caráter educativo, como oficinas, cursos, programas de formação, acompanhamento pedagógico e ações culturais que visem ensino e transformação social Possuam canais de comunicação ativos (site e/ou redes sociais) Não promovam partidos políticos, religiões específicas, violência ou criminalidade Será necessário comprovar experiência mínima de 1 ano em ações culturais educativas durante a etapa de envio de documentos. O que será oferecido O Programa de Aceleração Cultural inclui mentorias personalizadas, formações em gestão, sustentabilidade financeira e captação de recursos, apoio para acessar Leis de Incentivo à Cultura e rodas de conversa para troca de experiências entre organizações participantes. Como incentivo à participação, cada organização poderá receber até R$ 2.000 em bolsa auxílio, considerando presença mínima de 75% nos módulos e participação nas atividades previstas. Por que participar Esta é uma oportunidade para fortalecer a atuação, ampliar a visibilidade e criar condições para que projetos culturais educativos se mantenham e cresçam. Além do conteúdo prático, o incentivo financeiro ajuda a garantir a presença de quem já enfrenta restrições orçamentárias. E a rede formada entre as organizações participantes favorece trocas e colaborações que podem gerar impacto duradouro. Como participar As inscrições para o processo seletivo estão abertas até 01 de outubro de 2025. Após o cadastro, haverá uma sessão explicativa para apresentar o programa e tirar dúvidas, seguida do envio de documentação para análise. As organizações aprovadas participarão dos dois módulos e das mentorias individuais. Mais informações sobre o Programa de Aceleração Cultural estão disponíveis no botão abaixo!
mostrar mais

Participe do nosso grupo no WhatsApp para receber nossos conteúdos em primeira mão

Entrar para o grupo