Você sabe o que é grantmaking?

24 de fevereiro de 2022

Este conteúdo foi produzido por Daiany França Saldanha



Você já ouviu falar em Investimento Social Privado (ISP)?


E em
Grantmaking? Grantmakers? Grantees?


Se você não sabe do que se trata, leia este texto curtinho e o material de apoio, pois acredito que o conteúdo possa te ajudar muito ao montar suas estratégias de captação de recursos.


O
GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas) – principal plataforma de fortalecimento da filantropia e do investimento social privado do Brasil, formado atualmente por uma rede de mais de 160 associados que, juntos, aportaram R$ 5.3 bilhões em investimento social no ano de 2020 – define ISP da seguinte forma:


Investimento social privado é o repasse voluntário de recursos privados de forma planejada, monitorada e sistemática para projetos sociais, ambientais, culturais e científicos de interesse público.


Na
página em que explica o que é o ISP, o GIFE complementa: “o Investimento Social Privado pode ser alavancado por meio de incentivos fiscais concedidos pelo poder público e também pela alocação de recursos não-financeiros e intangíveis”.


Apresentado o que é ISP, agora vamos entender o que é
grantmaking, uma prática em evidência no mundo do investimento social privado.


Na plataforma
GrantLab, organizada pelo GIFE, encontramos a seguinte explicação:


"Grantmaking é um termo do inglês para o qual não há tradução precisa em português, cujo conceito define uma estratégia de atuação do campo da filantropia e do investimento social privado que pode ser adotada por fundações, institutos, fundos filantrópicos, empresas e outros investidores sociais (grantmakers). Essa estratégia de atuação consiste no repasse de recursos financeiros, de forma estruturada, para organizações ou iniciativas de interesse público, diferenciando-se, assim, da operacionalização de projetos próprios."


O grantmaking é, em geral, associado ao apoio a organizações da sociedade civil (OSCs), mas pode abranger também universidades e centros de pesquisa, negócios de impacto social, movimentos, lideranças ou grupos comunitários, museus e centros culturais, equipamentos públicos como escolas e hospitais, a administração pública e outros possíveis donatários (grantees). Tais apoios podem ter diversos fins, como iniciativas, projetos ou programas, ações de advocacy e incidência pública, desenvolvimento institucional das organizações, entre outros.


Conseguiu compreender?


Se quiser aprofundar seus conhecimentos sobre esse tema, sugiro que ouça a Série Grantmaking, do Podcast GIFE:
ouvir agora.


Bons estudos!


Daiany França

Daiany França Saldanha é responsável pelo editorial do Portal do Impacto.


Inscreva-se na nossa Newsletter

Últimas publicações

Por Maria Cecilia Prates 28 de outubro de 2025
Nem tudo que é medido gera impacto real. Este artigo reflete sobre os riscos da obsessão por métricas no Terceiro Setor e como o foco excessivo em números pode distorcer o verdadeiro propósito social das organizações.
Por Rosana Meneses 16 de outubro de 2025
Entre metas, editais e sobrecarga, muitas gestoras do Terceiro Setor vivem o desafio de fazer tudo sozinhas. Neste relato,você verá lições práticas sobre como equilibrar a gestão de projetos e a captação de recursos sem perder a saúde, nem o propósito.
Por Fernando Porto 13 de outubro de 2025
Aprenda como usar o storytelling para engajar e inspirar. Descubra como ONGs podem criar narrativas autênticas que despertam empatia, fortalecem vínculos e mobilizam doadores.
Por Kamilly Oliveira 7 de outubro de 2025
Descubra como definir a missão e a visão da sua organização de forma prática e inspiradora. Um exercício essencial para alinhar propósito, estratégia e impacto social.
Por Ci Freitas 30 de setembro de 2025
O que realmente é turismo regenerativo? Vá além do sustentável e aprenda a sobre turismo sustentável e regeneração. Confira o artigo.
Por Instituto Phomenta 17 de setembro de 2025
Segundo o Governo Federal, para cada R$ 1 aplicado em projetos culturais, até R$ 1,60 volta para a economia. Esse movimento gera emprego e renda, amplia o acesso à arte e à educação e cria novas oportunidades de desenvolvimento. Apesar desse potencial, muitas organizações culturais atuam com orçamentos reduzidos e equipe limitada. Um levantamento da Iniciativa Pipa e do Instituto Nu aponta que 31% das organizações periféricas de cultura e educação têm orçamento anual de até R$ 5 mil, e 58% funcionam de forma totalmente voluntária, sem equipe remunerada. São iniciativas que já promovem impacto real, mas enfrentam dificuldades para acessar leis de incentivo, conquistar patrocínios e participar de editais. Porém, com apoio direcionado, podem fortalecer sua atuação e alcançar mais pessoas. Fortalecimento e oportunidade de crescimento O Programa de Aceleração Cultural é uma iniciativa do Instituto Phomenta, em parceria com o Ministério da Cultura e patrocínio do Grupo Ultra e suas unidades de negócio: Ultragaz, Ultracargo, ICONIC, Ultra e Instituto Ultra e Ipiranga. A proposta é apoiar organizações que atuam com cultura e educação, oferecendo formações e acompanhamento para melhorar a gestão, ampliar as estratégias de captação e facilitar o acesso a Leis de Incentivo à Cultura. O programa é gratuito, online, acessível para pessoas com deficiência e acontecerá no 2º semestre de 2025, com 40 horas de duração entre encontros ao vivo, atividades práticas e mentorias individuais. Além do conteúdo, as organizações participantes receberão bolsa auxílio de até R$ 2.000, como incentivo para participação ativa. Quem pode participar Organizações localizadas em São Paulo (SP), Campinas (SP), Santos (SP) e Duque de Caxias (RJ) que: Tenham pelo menos 1 ano de existência e CNPJ ativo Desenvolvam atividades culturais com caráter educativo, como oficinas, cursos, programas de formação, acompanhamento pedagógico e ações culturais que visem ensino e transformação social Possuam canais de comunicação ativos (site e/ou redes sociais) Não promovam partidos políticos, religiões específicas, violência ou criminalidade Será necessário comprovar experiência mínima de 1 ano em ações culturais educativas durante a etapa de envio de documentos. O que será oferecido O Programa de Aceleração Cultural inclui mentorias personalizadas, formações em gestão, sustentabilidade financeira e captação de recursos, apoio para acessar Leis de Incentivo à Cultura e rodas de conversa para troca de experiências entre organizações participantes. Como incentivo à participação, cada organização poderá receber até R$ 2.000 em bolsa auxílio, considerando presença mínima de 75% nos módulos e participação nas atividades previstas. Por que participar Esta é uma oportunidade para fortalecer a atuação, ampliar a visibilidade e criar condições para que projetos culturais educativos se mantenham e cresçam. Além do conteúdo prático, o incentivo financeiro ajuda a garantir a presença de quem já enfrenta restrições orçamentárias. E a rede formada entre as organizações participantes favorece trocas e colaborações que podem gerar impacto duradouro. Como participar As inscrições para o processo seletivo estão abertas até 01 de outubro de 2025. Após o cadastro, haverá uma sessão explicativa para apresentar o programa e tirar dúvidas, seguida do envio de documentação para análise. As organizações aprovadas participarão dos dois módulos e das mentorias individuais. Mais informações sobre o Programa de Aceleração Cultural estão disponíveis no botão abaixo!
mostrar mais

Participe do nosso grupo no WhatsApp para receber nossos conteúdos em primeira mão

Entrar para o grupo