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IA – Inteligências artificiais para ajudar no trabalho

nov. 09, 2023

Cada vez mais presente no nosso cotidiano, a Inteligência Artificial (IA) pode facilitar tarefas diárias. Neste artigo, a Mandu reúne algumas IA's gratuitas que podem te ajudar em atividades pessoais e profissionais.

No cenário atual, a Inteligência Artificial (IA) emerge como uma força transformadora, redefinindo a maneira como realizamos algumas de nossas atividades profissionais e o tempo que levamos nelas. Com aplicações que vão desde a criação de conteúdo e design até a automação de processos complexos, as IA’s estão moldando um novo paradigma de eficiência e inovação no ambiente de trabalho. 


Neste artigo, trabalharemos algumas das IA’s mais eficazes e gratuitas, examinando como essas inteligências artificiais estão impulsionando a criatividade e otimizando o desempenho cotidiano.

Venha descobrir com a Mandu como e quais Inteligências artificiais podem te ajudar no seu trabalho!


Para que servem inteligências artificiais? 

As inteligências artificiais (IA) desempenham, cada vez mais, uma variedade de funções em nossa sociedade moderna. Elas capacitam a automação de tarefas repetitivas, impulsionam a análise de dados em larga escala, melhoram diagnósticos médicos, personalizam experiências de usuário, otimizam a eficiência em processos industriais, e até mesmo criam e recriam obras de arte, tudo em velocidade notável. 


Com suas capacidades de aprendizado e adaptação contínuas, as IA estão redefinindo a maneira como trabalhamos e interagimos, elevando a eficiência, a criatividade e a inovação em diversas áreas profissionais.

Agora, iremos conhecer algumas das mais poderosas IA de 2023 com versões e créditos gratuitos.


Inteligência artificial para escrever textos no trabalho

Inteligências Artificiais para textos, geram a partir de perguntas e direcionamentos humanos, respostas escritas. Ela analisa padrões linguísticos em dados de treinamento e produz textos semelhantes à linguagem humana, sendo útil para redação automatizada, análise de dados, contas matemáticas, assistentes virtuais e muito mais. Você pode criar artigos, histórias, fazer análises complexas e marketing de conteúdo em poucos segundos.


ChatGPT (OpenAI)  

Modelo avançado de linguagem de conversação que pode gerar respostas humanas e auxiliar em várias tarefas de escrita, o ChatGPT se descreve em relação à sua entrega de gerar estas respostas e interações, com base nos dados e no treinamento que recebeu. 


Essa ferramenta foi projetada para compreender e produzir texto em linguagem humana, com o objetivo de auxiliar e informar em uma variedade de tarefas e consultas. As respostas do ChatGPT são geradas com base em padrões aprendidos de dados anteriores e podem não ser sempre perfeitas e precisas. 


Estamos falando de uma das melhores inteligências artificiais da atualidade, mas, sempre recomenda-se verificar informações críticas em fontes confiáveis, especialmente quando se trata de decisões importantes.


Copy.ai  

Com o direcionamento de escritores e criadores de conteúdo, a Copy.ai gera textos e conteúdos de alta qualidade de forma rápida e fácil, com foco nos modelos de canais digitais como Blogs, postagens para Facebook, Linkedin, Instagram, Twitter e muito mais. A IA oferece títulos, hashtags e a própria legenda, dentro das características que você programar em código de linguagem natural.


Inteligência artificial para criar imagens

Inteligências artificiais para ajudar no trabalho a criar imagens? Veja alguns exemplos:



Imagem feita por Inteligência artificial com os direcionamentos “criança feliz plantando uma muda de árvore”

Midjourney

Plataforma que utiliza IA para criar imagens impressionantes com base em descrições de texto. O Midjourney que tem diversas funções com Inteligência Artificial, também gera imagens a partir de descrições em linguagem natural conhecidas como prompts. É uma ótima ferramenta para conseguir imagens criativas, únicas e de maneira rápida. 


DALL-E  

A Ferramenta DALL-E da OpenAI gera imagens a partir de descrições textuais. DALL-E é um sistema de IA que produz imagens a partir de descrições de texto, aproveitando uma versão GPT-3 Transformer com 12 bilhões de parâmetros para compreender a linguagem humana e transformá-la em representações visuais. Traz a mesma força de rapidez, criatividade e possibilidades.


Pictory AI

A Pictory. converte conteúdo escrito em diferentes tipos de vídeos e imagens envolventes. Após dominar a ferramenta, conseguirá fazer chamadas em vídeos, interessantes e velozes! Uma ótima opção para quem trabalha na área de produção de conteúdo e vídeo.


Ferramentas com Inteligência artificial para ajudar em apresentações


Abaixo, seguem duas ferramentas que podem lhe ajudar bastante em relação ao uso de Inteligências artificiais para ajudar no trabalho , em funções de criação de apresentações. Você encontrará capacidades computacionais que se assemelham a atividades humanas inteligentes, como formatações, pesquisas, entendimento de Linguagem Natural, ferramentas assertivas de varinha-mágicas, legendas, dimensões e muito mais. 


Canva 

Começando por uma ferramenta mais popular, Canva é uma plataforma de design gráfico que permite aos usuários criar gráficos de mídia social, apresentações, infográficos, pôsteres e outros conteúdos visuais. Está disponível online e em dispositivos móveis e integra milhões de imagens, fontes, modelos e ilustrações.

Vale ressaltar que o Canva conta com possibilidades que envolvem IAs e que lhe ajudará bastante durante os processos profissionais. Detecção automática de cores, recomendações de fontes e layouts, ajuste automático de elementos, sugestões de design e muito mais.


UIZARD.io

A UIZARD.io é uma Plataforma que utiliza IA para criar designs de alta qualidade, incluindo protótipos e wireframes para apresentações. Ajudará bastante neste processo de criar apresentações em tempo mais hábil, com melhor qualidade e eficiência. Provavelmente, sendo viável em suas tarefas, lhe ajudará bastante no seu trabalho.


Animaker / Steve AI  

Aqui está uma excelente plataforma de criação de vídeo alimentada por IA e Aprendizado de Máquina, incluindo criação de vozes. Você consegue criar uma ótima apresentação em vídeo 2D, 3D, animado e muito mais. Gosta e trabalha com este tipo de formatação? Então você irá amar a Animaker.


Inteligência artificial para gerar vozes


Murf Voice

O Murf é um excelente aplicativo de texto em fala que gera narrações de alta qualidade para vídeos. Você conseguirá gerar diversas vozes gratuitas em uma pluralidade de línguas, sotaques, tom de voz e muito mais. Precisa gerar voz a partir de texto para ajudar no seu trabalho? Murf será uma escolha assertiva.


Falatron

A AI da Falatron é uma ferramenta muito interessante que cria vozes a partir de textos. Até aí já seria super bacana, certo? Além disso, a ferramenta entrega essa voz, a partir de personagens e personalidades populares. Uma tecnologia interessante e que no mínimo despertará sua curiosidade. 


Inteligência artificial de vozes


Google Assistente  

A Assistente virtual do Google que realiza várias tarefas do dia-a-dia, incluindo busca de informações, agendamento de compromissos e controle de dispositivos domésticos inteligentes. Uma ótima assistente digital para seu dia a dia no trabalho. Lhe facilitará diversas funções, lembrará de sua agenda diária e muito mais. 


Amazon Alexa  

Assistente virtual da Amazon, semelhante ao Google Assistente, com recursos como controle de dispositivos inteligentes e compras online. Você só precisa descobrir com qual melhor ferramenta AI de voz você se adapta e sentirá os efeitos organizativos em seu cotidiano.


Inteligência Artificial que faça atas de reunião de trabalho


Otter

Otter é uma avançada ferramenta impulsionada por inteligência artificial, ideal para aprimorar a eficácia das reuniões de trabalho. Ao gravar áudios, capturar automaticamente slides e gerar resumos de videoconferências, ele assegura um registro abrangente das discussões. 


Com legendas em tempo real, o Otter também oferece acessibilidade, tornando-se uma valiosa aliada para profissionais. Sua capacidade de transcrição em tempo real e o envio automático de resumos por e-mail simplificam a revisão pós-reunião, otimizando a produtividade e a colaboração.


Por fim, é importante ressaltar que todas as ferramentas de Inteligências artificiais para ajudar no trabalho  citadas ao longo do texto, tem versões ou créditos gratuitos que proporcionam acesso ao conhecimento e ao próprio material desenvolvido. Nós da Mandu, ressaltamos a importância do uso das AIs com moderação, também, conferir fontes e respeitar as políticas de uso de cada App.


Gostou das possibilidades geradas pelas novas tecnologias de IA? Envie este artigo para seus amigos(as) de trabalho e conte-os sobre as possibilidades!




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Na Harvard Business Review (HBR) de jan-fev de 2019, fui atraída pelo título de um dos artigos sobre uma maneira para se calcular o valor dos investimentos de impacto, com base em evidências . Comecei a ler o texto entusiasmada pela possibilidade de encontrar uma contribuição pragmática no campo da avaliação social, mas confesso que fiquei decepcionada. O trabalho foi escrito por sócios e gestores da Rise Fund (um fundo de US$2 bilhões para investimentos de impacto) e da Bridgespan Group (uma consultoria global para impacto social). A partir da experiência deles, propõem uma metodologia para estimar o retorno financeiro do investimento social e ambiental. Batizaram a “nova” métrica por IMM ( Impact Multiple of Money) , porque, com base nela, se tornaria possível prever o múltiplo em benefício social e ambiental que seria gerado a partir de $ 1 investido – assim, se o IMM for 5X (5 vezes), significa que cada $1 investido vai gerar $5 em benefícios. Rise Fund só investe em projeto quando o IMM dele for no mínimo de 2,5X. A intenção dos autores é que, a partir da comparação dos valores de IMM estimados, se consiga dar mais rigor ao processo de seleção dos investimentos sociais, como já é usual no mundo dos negócios, através do uso de metodologias financeiras amplamente aceitas. Com isso, segundo eles, se poderia avançar sobremaneira na análise dos investimentos de impacto, que ainda se encontra atualmente, em grande medida, baseada na “adivinhação”, em informações restritas a processo, ou em intenções de comprometimento. Os seis passos do método proposto (IMM) Avaliar a relevância e a escala do projeto, para se decidir sobre se vale a pena (ou não) o esforço de aplicar o método, pois “estimar o IMM não é tarefa trivial”. Então, segundo os autores, o projeto a ser avaliado deve ter um propósito e escala potencialmente relevantes, o que não quer dizer número grande de pessoas beneficiadas. Há projetos com um pequeno número previsto de beneficiados, porém com grande potencial de transformação, que podem ser muito mais relevantes do que outros com grande número de beneficiados. Estimar os resultados sociais ou ambientais esperados. Nessa etapa é importante verificar se os resultados previstos são atingíveis e mensuráveis. “Felizmente” hoje os investidores já podem contar com muitas pesquisas nas Ciências Sociais (as evidências) que lhes permitem estimar o potencial do impacto social da empresa ou organização. E tal se deve ao movimento sobre “ o que funciona ” dos programas sociais, que propiciou um grande impulso ao desenvolvimento da “indústria de medição de resultados sociais” nessa última década. Estimar o valor econômico desses resultados para a sociedade. Para traduzir os resultados identificados (acima) em termos monetários, é preciso também recorrer a um “estudo-âncora” robusto (ou a evidências ou referências já existentes) e, na ausência desse, à orientação de um especialista da área. A escolha do estudo-âncora deve levar em conta o rigor da estimação dos resultados (preferência por pesquisa experimental, ao invés de pesquisa observacional ou estudo de caso), contexto similar ao do projeto em questão, e/ou o estudo deve ser o mais recente possível. Ajustar o risco advindo do uso de estudos-âncora. Embora os autores considerem ser satisfatório o uso de estudos-âncora (ou das evidências) já existentes para preverem a monetização dos resultados sociais e ambientais, eles admitem o risco de aplicarem tais achados não diretamente associados às oportunidades do investimento em questão. Propõem, então, que seja incluída nos cálculos a estimativa do risco, baseada em uma escala de probabilidade de 0 a 100%, definida segundo 6 categorias, que são: qualidade do estudo-âncora, pressupostos adotados, contexto, grupo de renda, similaridade do produto ou serviço, e a possibilidade do uso previsto (para o produto/serviço social) não se verificar. Estimar o valor terminal do investimento. No caso de determinados tipos de projetos sociais e/ou ambientais, pode fazer sentido incluir também na estimativa do valor monetário do impacto o período depois que o projeto ou investimento social tiver finalizado. Calcular o retorno social por cada dólar investido. Finalmente é calculado o valor do IMM. Assim, segundo os autores, “ em um mundo em que os CEOs estão cada vez mais falando em lucro e propósito, o IMM oferece uma metodologia rigorosa para se avançar na arte de alocação do capital para gerar benefício social ”. Pois quanto maior o valor do IMM estimado, maior o potencial de impacto do investimento social e/ou ambiental, permitindo a comparabilidade entre projetos de natureza distinta, como é comum no campo social. Por que a decepção com o método IMM? 1.IMM não é um método inovador
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De acordo com o pesquisador brasileiro Ewerton Naves Dias, Ph.D em Psicologia pela Universidade do Porto, no Coping , consideramos o estresse como algo contextual, “o que significa que se trata de um processo de relação entre a pessoa e o ambiente e que se transforma ao longo do tempo. Desse modo, ele é definido como uma situação avaliada pelo indivíduo como significativa e com demandas que excedem seus recursos para lidar com o respectivo evento”. Diferente dos mecanismos de defesa, que acontecem de forma inconsciente, as estratégias de enfrentamento utilizam-se da percepção da pessoa frente ao evento estressor, desencadeando pensamentos avaliativos sobre suas ferramentas internas e externas e o controle ou não da situação, a fim de escolher sua forma de lidar com a situação. Categorias ou possibilidades de enfrentamento Apesar de Lazarus e Folkman definirem as duas principais categorias de enfrentamento, podemos encontrar na literatura algumas variações dessas estratégias, sendo as mais comuns: 1) Enfrentamento com foco no problema: Quando acredita-se que é possível alterar aspectos do ambiente, diminuindo ou eliminando os fatores de estresse e atuando de forma ativa. Alguns exemplos de ações, baseadas no contexto organizacional do Terceiro Setor, são: Análise crítica e detalhada do problema gerador de estresse Conversas individuais com pessoas que estão diretamente envolvidas na situação Conversas em grupo ou equipe, caso seja uma questão que influencie o bem-estar de várias pessoas Planejamento e criação de resoluções coletivas de enfrentamento ao problema Busca de apoio externo de especialistas 2) Enfrentamento com foco na emoção: Baseado na crença de que o ambiente é pouco alterável ou imutável, o indivíduo busca recursos para lidar com os sentimentos derivados do estresse, de forma a prolongar sua permanência na situação até que as circunstâncias mudem. Este é um tipo de enfrentamento moderado e pode ser realizado com: Fortalecimento de técnicas de autocontrole emocional Busca de apoio social (inclusive de colegas de equipe) ou psicológico para a descoberta de novas possibilidades de enfrentamento Investimento em hobbies ou atividades de lazer que minimizem os sentimentos negativos e promovam distração Desenvolvimento de práticas espirituais ou religiosas 3) Enfrentamento evitativo: Esta estratégia considerada passiva, também fundamentada na crença de que não há controle sobre as circunstâncias, engloba o afastamento, fuga, esquiva ou desligamento mental do problema. Aqui a pessoa escolhe evitar o conflito, lidar com os sintomas do estresse e economizar energia emocional. Qual estratégia usar? Os estudos que avaliam a predominância e a eficácia da utilização de cada tipo de coping divergem de acordo com o público pesquisado, considerando, no entanto, a variabilidade dos diferentes tipos de personalidade. Por exemplo: Uma análise feita com trabalhadores de CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) em Campinas (ZANATTA, 2019), verificou que a estratégia mais utilizada pelos profissionais destes espaços foi a de resolução de problemas, onde há a elaboração de planos de ação e alternativas com o objetivo de resolução da situação. Pesquisas realizadas com profissionais da saúde que trabalham em hospitais e analisadas pela Profª Drª Liliana Antoniolli (2022), afirmam que o coping mais utilizado pelas entrevistadas eram os baseados no enfrentamento com foco na emoção, onde empregavam um esforço cognitivo para ressignificar as experiências laborais “controlando emoções, como tristeza, medo e estresse, que emergem devido a situação conflitante”. Observa-se que a tendência de utilização de cada estratégia está positivamente ligada à experiência e idade dos profissionais, sendo que, quanto maiores mais o profissional tenderia a utilizar o enfrentamento com o foco no problema, enquanto os mais jovens tendem a escolher com mais frequência o afastamento (ou evitação) do estressor, por meio de um isolamento autoimposto. Outra proposta de estratégias de coping defendida pelo pesquisador Caryl Rubust (1988), da Vrije Universiteit em Amsterdã , Holanda , destacou outras quatro alternativas de enfrentamento, relacionadas ao ambiente de trabalho, que ele chamou de EVLN (Exit/Voice/Loyalty/Neglect), traduzido para o português como: saída, voz, lealdade e negligência. Nelas, o indivíduo escolheria: Saída: Sair do trabalho e encontrar um emprego melhor Voz: Tentar melhorar a situação conflitante com a sua voz Lealdade: Ser motivadas a apoiar ativamente a organização, ignorando seus incômodos Negligência: Concentrar-se em seus interesses não relacionados ao trabalho e "negligenciar" sua situação de trabalho insatisfatória De acordo com Lazarus e Folkman, as Estratégias de Enfrentamento ainda podem ser Adaptativas ou Desadaptativas, ou seja, quando as estratégias utilizadas são saudáveis e conseguem minimizar os sentimentos desagradáveis e desmotivadores são consideradas positivas/adaptativas. Em contraponto, quando não são saudáveis (recorrer a um vício como o cigarro, drogas ou bebidas alcoólicas, por exemplo) a estratégia é considerada negativa/desadaptativa. Como o Terceiro Setor tem lidado com os sintomas de estresse? Na “Pesquisa - A Saúde Mental e o Bem-Estar dos profissionais do Terceiro Setor ”, publicada pela Phomenta, em 2023, foram utilizados alguns questionamentos quanto às estratégias que as pessoas entrevistadas usavam para lidar com os sintomas de estresse oriundos do trabalho nas organizações sociais brasileiras, e encontramos nos resultados que: 69% relataram realizar atividades físicas 66% procuraram ajuda profissional de psicólogos, psiquiatras ou outros tipos de terapias alternativas 20% fazem uso regular de medicamentos calmantes e/ou ansiolíticos Percebemos com esses dados, que a maior parte das estratégias utilizadas pelos respondentes da pesquisa são do enfrentamento com foco na emoção, o que pode amenizar temporariamente a angústia e a desmotivação de quem passa por estresse de forma recorrente, mas que a médio prazo acaba gerando a saída deste colaborador, o que podemos observar nas altas taxas de rotatividade do setor. As Profª Drª Mary Sandra Carlotto e Sheila Gonçalves Câmara da Universidade Luterana do Brasil - ULBRA/Canoas, em suas pesquisas na área da educação, concordam com a constatação de que as estratégias de coping focadas no problema são estratégias adaptativas (positivas) que auxiliam os profissionais a enfrentar os problemas que surgem em seu ambiente organizacional. Elas também acrescentam que esse estilo de enfrentamento pode levar a um aumento dos níveis de realização profissional. Apesar de várias organizações sociais no Brasil relatarem, na Pesquisa da Phomenta (2023), que já estão implementando ações para amenizar os sintomas de estresse de seus colaboradores, como apoio psicológico, momentos de confraternização e lazer, formações e palestras, dentre outras, e estarem discutindo temáticas relacionadas à saúde mental e ao bem-estar, as mesmas ações precisam de coerência prática para realmente efetivar uma melhora da saúde coletiva. A publicação ressalta: “[...] é crucial que a organização não apenas introduza tais medidas, mas também promova mudanças que abordem os causadores de estresse, como o excesso de demanda e prazos apertados. A saúde mental não é apenas sobre discutir ou promover a conscientização, é também sobre criar um ambiente de trabalho sustentável onde os trabalhadores se sintam apoiados em suas rotinas diárias. Quando a liderança trabalha horas excessivas e perpetua um senso de urgência, por exemplo, isso pode enviar uma mensagem contraditória à equipe, sugerindo que, apesar das iniciativas de bem-estar, a cultura de trabalho exaustivo ainda prevalece”. Autoavaliação Como enfatizado no início do texto, o coping tem como característica principal a escolha consciente de sua reação frente ao estresse, o que nos leva a crer que para ser feita da forma mais eficaz, deve ser percebida, avaliada e monitorada com o passar do tempo. Dessa forma, faça agora uma autoavaliação de quais têm sido suas escolhas frente aos desafios do dia-a-dia, principalmente relacionados ao trabalho no Terceiro Setor. Avalie também quais têm sido as formas de enfrentamento utilizadas pelas pessoas em sua equipe ou em sua organização, para que se certifiquem de que por meio do apoio mútuo possam criar formas de lidar com o estresse enfrentando o problema. Referências Antoniolli, Liliana; Vega, Edwing Alberto Urrea Vega; Haack, Pâmela; Duarte, Andrey Godoy; Macedo, Andréia Barcellos Teixeira; Souza, Sônia Beatriz Cócaro de; Coping dos profissionais da enfermagem: revisão integrativa de literatura. Open Science Research - ISBN 978-65-5360-055-3 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.org - Vol. 1 - Ano 2022 CARLOTTO, Mary Sandra; CÂMARA, Sheila Gonçalves. Síndrome de Burnout e estratégias de enfrentamento em professores de escolas públicas e privadas. Psicologia da Educação, vol. 26, n. 1, p. 29-46, 2008. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752008000100003 . Acesso em: 08 mar. 2023. DIAS, Ewerton Naves; PAIS-RIBEIRO, José Luís. O modelo de coping de Folkman e Lazarus: aspectos históricos e conceituais. Rev. Psicol. Saúde, Campo Grande , v. 11, n. 2, p. 55-66, ago. 2019 . Disponível em < http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-093X2019000200005&lng=pt&nrm=iso >. acessos em 10 mar. 2024. http://dx.doi.org/10.20435/pssa.v11i2.642. Lazarus, R., & Folkman, S. (1984). Stress appraisal and coping. New York: Springer. PHOMENTA. Pesquisa: A saúde mental e o bem-estar dos trabalhadores do terceiro setor. Campinas: SP. 2023. Disponível em: https://www.phomenta.com.br/pesquisa-saude-mental-e-bem-estar RUSBULT, C. E.; FARREL, D.; ROGERS, G. e MAINOUS III, A. G. (1988), «Impact of exchange variables on exit, voice, loyalty and neglect: an integrative model of responses to declining satisfaction». Academy of Management Journal, vol. 31(3), pp. 599-627. Zanatta AB, Lucca SR, Sobral RC, Stephan C, Bandini M. Estresse e coping entre trabalhadores de centros de atenção psicossocial do interior do estado de São Paulo. Rev Bras Med Trab.2019;17(1) DOI:10.5327/Z1679443520190300:83-89 Coping: estratégias para enfrentar períodos estressantes ou Coping: mais saúde mental em períodos estressantes ou Coping, estratégias de saúde mental em períodos estressantes
Por Maria Cecília Prates   14 mar., 2024
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