Dia da Consciência Negra: indicação cultural do time da Phomenta

18 de novembro de 2021

Neste mês de novembro, celebramos o Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro em razão da morte do líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi dos Palmares, morto após ter tido seu esconderijo denunciado no dia 20 de novembro de 1695, na Serra da Barriga, região localizada no estado de Alagoas.


A Phomenta é uma aliada da luta antirracista e usa esse espaço do Portal do Impacto para indicar e dar visibilidade à história, livros, filmes e outros trabalhos de e sobre pessoas pretas.


Aproveite a lista. ✊🏿🖤


Abigail Souza


Livro: Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil, de Sueli Carneiro

Nesta obra, a autora nos convida a refletir criticamente a sociedade brasileira, explicitando de forma contundente como o racismo e o sexismo têm estruturado as relações sociais, políticas e de gênero.

Dominic Biffi


Livros: 

O Sol é para Todos, de Harper Lee​​

Uma história sobre raça e classe, inocência e justiça, hipocrisia e heroísmo, tradição e transformação, O sol é para todos permanece tão importante hoje quanto foi em sua primeira edição, em 1960, durante os anos turbulentos da luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.Considerado um dos romances norte-americanos mais importantes do século XX, O sol é para todos surpreende pela atualidade de seu enredo e estilo. 


Americanah, de Chimamanda

Principal autora nigeriana de sua geração e uma das mais destacadas da cena literária internacional, Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma história de amor para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero.


Minha história, de Michelle Obama

Michelle Obama convida os leitores a conhecer seu mundo, recontando as experiências que a moldaram — da infância na região de South Side, em Chicago, e os seus anos como executiva tentando equilibrar as demandas da maternidade e do trabalho, ao período em que passou no endereço mais famoso do mundo. Com honestidade e uma inteligência aguçada, ela descreve seus triunfos e suas decepções, tanto públicas quanto privadas, e conta toda a sua história, conforme viveu — em suas próprias palavras e em seus próprios termos.


Caio Gobbo


Livro:

Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior

Nas profundezas do sertão baiano, as irmãs Bibiana e Belonísia encontram uma velha e misteriosa faca na mala guardada sob a cama da avó. Ocorre então um acidente. E para sempre suas vidas estarão ligadas ― a ponto de uma precisar ser a voz da outra. 


Série:

When they see us (olhos que condenam) - Netflix

Cinco adolescentes do Harlem vivem um pesadelo depois de serem injustamente acusados de um ataque brutal no Central Park. Baseada em uma história real.


Filme:

Voz suprema do blues

Chicago, 1927. Em uma sessão de gravação, surgem tensões entre Ma Rainey (Viola Davis), seu trompetista ambicioso (Chadwick Boseman) e os empresários brancos determinados a controlar a lendária Mãe do Blues. Baseado na peça do vencedor do prêmio Pulitzer August Wilson. 

Fernando Porto


Vídeo:

Uma aula sobre o papel da educação na reprodução do racismo com Silvio Luiz de Almeida

Advogado, professor da FGV-SP, Universidade Presbiteriana Mackenzie, professor convidado da Universidade de Duke, doutor e pós-doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito (USP), bacharel e mestre em Direito (Mackenzie) e em Filosofia (FFLCH-USP), consultor técnico da Federação Quilombola do Estado de São Paulo e na área de ações afirmativas, políticas públicas e compliance antidiscriminatório. Autor da obra Racismo Estrutural (Publicado pela Editora Pólen). 

Ariádne Martins


Podcast: Mano a Mano

Mano Brown vem para ampliar a visão e o debate trazendo diversidade de ideias e pensamentos com profundidade e respeito. 


Série:  For Life

Condenado à prisão perpétua por um crime que não cometeu, um homem se torna advogado para buscar justiça e defender outros acusados ​​injustamente.


Filme: Dois estranhos

Homem tenta voltar para casa várias vezes, mas é forçado a reviver confronto moral com um policial.


Livro: 

O Genocídio do negro brasileiro: Processo de um Racismo Mascarado, de Abdias do Nascimento

Abdias Nascimento, no Segundo Festival de Artes e Culturas Negras, em Lagos (Nigéria, 1977), em plena vigência da ditadura militar, um texto combativo, a começar pelo título, demonstrando que a condição dos negros no Brasil não era realmente como aquela nos EUA ou na África, era pior, vítimas que são de um racismo insidioso, de uma política que conduz a um genocídio, para usar o termo do autor, que, ausente das leis e dos discursos políticos, se revela cotidianamente. Assim, a reedição de O Genocídio do Negro Brasileiro pela editora Perspectiva não é apenas uma homenagem histórica, mas a constatação de um fato: a despeito do trabalho dos ativistas e da mudança de mentalidade na academia, a situação continua inalterada. Segundo a ONU, atualmente no Brasil ocorre, a cada 23 minutos, a morte de um jovem negro. Em geral, do sexo masculino; em geral, pela ação, ou omissão, do Estado, da polícia a instituição de escolha para se lidar com qualquer questão social no país. 


Daíse de Felippe


Podcast: Espelho

Lázaro Ramos recebe a cantora Linn da Quebrada e a escritora Luciene Nascimento. As convidadas falam sobre a espetacularização do ativismo, o poder das palavras e o momento atual do Brasil.


Livros:

Tudo Nela Brilha E Queima Livro, de Ryane Leão

Livro de estreia de Ryane Leão, mulher negra, poeta e professora, criadora do projeto "Onde Jazz Meu Coração", com mais de 600 mil seguidores nas redes. 'a poesia é minha chance de ser eu mesma diante de um mundo que tanto me silencia. é minha vez de ser crua. minha arma de combate. nossa voz ecoada. nossa dor transformada. nela eu falo sobre amor, desapego, rotina, as cidades que nos atravessam, os socos no estômago que a vida dá, o coração desenfreado, a pulsação que guia as estradas, os recomeços, os dias, as noites, as madrugadas, os fins, os jeitos que a gente dá, as transições, os discos, os tropeços, as partidas, as contrapartidas, os pés firmes que insistem em voar, e tudo isso que é maluco e lindo e nos faz ser quem somos.


Jamais peço desculpas por me derramar

Segundo livro de poesias de Ryane Leão.


Vídeo: Roda Viva com o professor Silvio de Almeida, sobre racismo estrutural

Daiany França


Livros:

Quarto do despejo, de Carolina Maria de Jesus

O livro de Carolina Maria de Jesus narra de modo fiel o cotidiano passado na favela. Em seu texto, vemos como a autora procura sobreviver como catadora de lixo na metrópole de São Paulo, tentando encontrar naquilo que alguns consideram como sobra o que a mantenha viva. Os relatos foram escritos entre 15 de julho de 1955 e 1 de janeiro de 1960. As entradas no diário são marcadas com dia, mês e ano e narram aspectos da rotina de Carolina. Muitas passagens sublinham, por exemplo, a dificuldade de ser mãe solteira nesse contexto de extrema pobreza (descrição do blog Cultura Genial).


Por um feminismo afro-latino-americano, Lélia Gonzalez

Filósofa, antropóloga, professora, escritora, militante do movimento negro e feminista precursora, Lélia Gonzalez foi uma das mais importantes intelectuais brasileiras do século XX, com atuação decisiva na luta contra o racismo estrutural e na articulação das relações entre gênero e raça em nossa sociedade. Com organização de Flavia Rios e Márcia Lima, Por um feminismo afro-latino-americano reúne em um só volume um panorama amplo da obra desta pensadora tão múltipla quanto engajada. São textos produzidos durante um período efervescente que compreende quase duas décadas de história ― de 1979 a 1994 ― e que marca os anseios democráticos do Brasil e de outros países da América Latina e do Caribe. Além dos ensaios já consagrados, fazem parte desse legado artigos de Lélia que saíram na imprensa, entrevistas antológicas, traduções inéditas e escritos dispersos, como a carta endereçada a Chacrinha, o Velho Guerreiro. O livro traz ainda uma introdução crítica e cronologia de vida e obra da autora. Irreverente, interseccional, decolonial, polifônica, erudita e ao mesmo tempo popular, Lélia Gonzalez transitava da filosofia às ciências sociais, da psicanálise ao samba e aos terreiros de candomblé. Deu voz ao pretuguês, cunhou a categoria de amefricanidade, universalizou-se. Tornou-se um ícone para o feminismo negro.


Documentário: “AmarElo – É Tudo Pra Ontem”, do Emicida.

O documentário AmarElo - É Tudo Pra Ontem explora todo o processo de criação do projeto AmarElo, do músico e militante negro, Emicida. Criado em estúdio, AmarElo foi apresentado no Theatro Municipal, em São Paulo, 2019, em um show que abordou a história da cultura negra no Brasil (sinopse Adoro Cinema).


Filme: 

Cabeça de Nêgo

Filme cearense que fala de racismo, descaso com educação e autoritarismo. Em Cabeça de Nêgo, após reagir a um insulto em sala de aula, Saulo (Lucas Limeira) é expulso da escola, recusando-se a sair das dependências da instituição. Em sua ocupação, ele usa as redes sociais para expressar todo o seu descontentamento com a direção da escola, expondo o abandono e a solidão sofridos por ele e outros estudantes, iniciando um verdadeiro movimento estudantil (sinopse Adoro Cinema).



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