Branding é coisa para o terceiro setor: primeiros passos para que sua marca marque as pessoas

16 de dezembro de 2021

Este conteúdo foi produzido por Phillipe Halley, co-founder da Nuclear.HUB e idealizador do  Social.LAB


Por que aquilo que se pratica no mercado não está contemplado nas nossas práticas e abordagens do terceiro setor? Pode parecer distante, ou até mesmo dispensável, mas precisamos compreender e aprender o que é branding e pensar como o posicionamento da nossa marca pode ser um diferencial para a organização, especialmente para conectá-la com pessoas que têm potencial para se mobilizar por nossa causa.


O que é branding: “nunca vi, nem comi, eu só ouço falar”.

O termo é em inglês, o que muitas vezes nos distancia de entender a parada, né? O ponto aqui é compreender que branding (ou brand management) nada mais é que gestão de marca. 


“Os clientes precisam reconhecer que você representa alguma coisa”

Howard Schultz, Starbucks


“Mas não tenho clientes; faço parte de uma OSC”. Troque clientes por todas aquelas pessoas que precisam “comprar” e abraçar sua causa para que você chegue nos objetivos e metas que desenhou para a sua organização.


O que formam as marcas formam as pessoas: como assim?


O que a marca institucional tem a ver com uma pessoa? “Gente se conecta com gente” é nosso mantra diariamente, e convido você a entender o potencial disso. Nós criamos mais conexões com histórias e o que elas representam do que com um produto ou atividade em si. E, já que os seres humanos têm sentimentos, precisamos pensar no seguinte: o que você quer que as pessoas pensem e SINTAM quando lembrem da sua marca?


“O branding/posicionamento de marca começa no entendimento do que está na essência da organização. A relevância da marca se faz presente nesse momento.”

Marcos Hiller


Sendo assim, precisamos
“começar pelo por quê”, compreender quais crenças fazem parte de nós e o que define nossa personalidade; isso nos torna únicos. Quantas outras organizações atuam na mesma causa que a sua? Por que um doador, uma empresa, um voluntário, um jornalista deve escolher você e não outra organização? A sua verdade, quando transbordada para suas ações — de forma não somente espontânea, mas também estratégica e planejada —, vai se conectar com pessoas de forma mais profunda, e elas estarão preparadas para dar um próximo passo e para aumentar o vínculo com a causa. 


A partir da discussão sobre
branding, nos deparamos também com a “identidade da marca”. Pense na sua marca entrando na sala em que você está agora. Qual seria a primeira impressão que ela passaria? Como ela fala, se veste e se comporta? Tudo isso é importante para que o público se identifique com a sua marca. 


Aqui, também é preciso pensar nas “interações da marca”, que possibilitam que a mágica aconteça! Quais espaços você facilita e/ou ocupa para que as diferentes audiências tenham experiências com sua marca? O que você vai fazer/tem feito para que elas pensem e sintam o que você determinou anteriormente?


Tudo isso precisa ser genuíno! Não tem como a organização querer representar uma marca colaborativa e inovadora, se no dia a dia não
há diálogo e escuta ativa com as pessoas e com o público-alvo. Posicionamento de marca está intimamente ligado a ser coerente: o que você diz ser, o que você é, o que você faz…tudo precisa fazer sentido.


Qual sentido e qual “sentir” sua marca quer gerar? 


Conheça o Social.LAB e encontre outros conteúdos que complementam essa reflexão.



Este conteúdo foi produzido por Phillipe Halley, co-founder da Nuclear.HUB e idealizador do Social.LAB




Referências:

Aaker, David. On Branding: 20 princípios que decidem o sucesso das marcas - Porto Alegre: Bookman, 2015.

Hiller, Marcos. Branding - A arte de construir relevância de marca - Ebook, 2019.

Miltenburg, Anne. Brand the change: the branding guide for social entrepreneurs, disruptors, not-for-profits and corporate troublemakers. BIS, 2017.




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