3 dicas de como levar sua causa para fora da sua bolha

11 de novembro de 2021

Este conteúdo foi produzido por Phillipe Halley, co-founder da Nuclear.HUB


Como ultrapassar as fronteiras da audiência que já conhece sua organização e alavancar ainda mais o alcance da sua causa?


O tal “furar a bolha” é um tema muito questionado em nossas palestras. A busca por mais aliados para a causa e, principalmente, o objetivo de levar as temáticas prioritárias da organização para os públicos que ainda não são “simpatizantes” são desafios presentes no dia a dia de muitas organizações.


Separamos aqui algumas dicas que auxiliam sua organização a transitar por novos caminhos e a expandir seu discurso para novos espaços e pessoas.


1. FAÇA LIVES COLABORATIVAS


Um anseio de muitas organizações é aumentar seus números de seguidores, o que muitas vezes está relacionado de forma direta com mais doadores. 


O ponto de partida aqui é: por que e para quê você quer ter mais seguidores? O que espera que venha depois? Você está preparando o ambiente para isso?


Aliás, se quiser se aprofundar, convidamos você a acessar
essa aula sobre como conseguir mais seguidores para sua causa, na qual falamos mais a fundo sobre esse tema que tira o sono de muitas pessoas responsáveis pelas mídias sociais das organizações. 


Entendendo isso, precisamos compreender a necessidade de a
colaboração passar pelas veias de quem atua com causas sociais.


Aqui damos uma dica específica: faça
lives colaborativas, ou seja, junte o seu canal com o de outra organização ou pessoa para que seja possível dialogar sobre um tema comum a todos os envolvidos. 


Por que fazer isso em vez de realizar a live no seu próprio canal?


A) Você fortalece vínculos com outras pessoas/organizações e potencializa o trabalho em rede, tão precioso quando atuamos em prol do coletivo;

B) Os dois canais envolvidos têm a oportunidade de serem conhecidos entre as respectivas audiências.


 
Importante: pesquise e avalie as parcerias. Elas precisam fazer sentido para sua causa e para seu posicionamento de marca. Foque menos na quantidade de seguidores do seu canal e do canal parceiro e mais na qualidade das pessoas que estão ali. O quanto elas já se interessam ou estão mais propensas a ter um interesse despertado por sua causa? 


Vamos dar um exemplo: sua causa dialoga com questões ambientais. O melhor caminho seria fechar uma live colaborativa com um cantor de 50 mil seguidores que nunca sinalizou interesse por essa pauta ou com um ator ativista ambiental que tenha 10 mil seguidores? Na primeira opção, a chance da audiência ter interesse na sua causa é muito menor do que no outro espaço, em que os seguidores estão mais atentos e preocupados com o tema. 


2. CULTIVE MULTIPLICADORES


Quem já está próximo da sua causa? Estamos falando sobre colaboradores, voluntários e até mesmo alguns doadores. Como você tem cultivado o relacionamento com eles? 


Convide diferentes pessoas para construir estratégias e ações de comunicação em conjunto. A colaboração (olha ela aqui de novo!) potencializa o senso de pertencimento e, com isso, quem está envolvido torna-se ー cada vez mais ー um multiplicador da causa.


Não é sobre enviar um texto pronto e pedir a eles que compartilhem em suas redes. É mais do que isso. Quando a pessoa se envolve no processo, ela se torna mais ativa na chamada para a ação e envolve outras pessoas de sua rede com mais naturalidade.


Nada melhor para envolver pessoas em uma causa do que discursos e práticas genuínas. Quando seus aliados agem dessa forma, são maiores as chances de envolvimento de seus respectivos seguidores. Bem diferente de “mais uma mensagem que eu recebo no WhatsApp pedindo minha ajuda”, né?


3. BUSQUE QUEM INSPIRA AS PESSOAS COM QUEM VOCÊ QUER DIALOGAR


Conheça quem são as referências, quem inspira as pessoas que sua causa quer aproximar. Feito isso, você pode criar pontes com aqueles que já possuem relevância com determinado público.


Com essa conexão, você pode ouvir quem mais conhece sobre o assunto e ter ideias que não surgiriam se você tivesse agido sem auxílio.


Muitas vezes, refletimos sobre o perfil de determinado público, sobre o que essas pessoas pensam e sobre como elas se comportam. Porém, sabemos quão custoso (em termos de tempo e recursos financeiros) é realizar pesquisas profundas para compreender tudo isso. 


O que às vezes nos esquecemos é que podemos buscar pessoas que já estão mais próximas e possuem uma bagagem imensa de relacionamento e conhecimento sobre determinado público.


Deu para entender que a essência de tudo é a
colaboração? Se você quiser tirar soluções da cartola, de maneira solitária, sem expandir seu olhar para diferentes espaços e trocas em prol de um objetivo comum, o processo torna-se bem mais difícil. A evolução é colaborativa. 


Então, o que você pode fazer de diferente a partir de hoje na criação das suas estratégias para levar sua causa para outros espaços? Conte aqui nos comentários.



Este conteúdo foi produzido por Phillipe Halley, co-founder da Nuclear.HUB






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