Aproveitamos para reiterar que tanto a
Phomenta quanto o
Portal do Impacto estão de portas abertas para aprender sobre e com a comunidade LGBTQIA+. Temos consciência de que a nossa lista não esgota todos os trabalhos que têm sido feitos com e para a comunidade, ao contrário. Por essa razão, esta postagem ficará disponível para ser atualizada a qualquer tempo. Desta forma, caso você tenha alguma contribuição, pedimos que escreva para
portaldoimpacto@phomenta.com.br.
Agora, aproveite a lista! =)
Organizações da Sociedade Civil que trabalham para e com pessoas LGBTQIA+
Indicações Phomenta:
- Casa1 - Centro de cultura e acolhimento de pessoas LGBT.
- Eternamente Sou
- Centro de Referência para idosos LGBT.
- Grupo Brasileiro de Promoção da Cidadania (GGLOSLGBT).
- Grupo de Apoio à Prevenção à Aids da Bahia (GAPA-BA).
- Instituto LGBT - Promove, defende e apoia a produção artística e cultural da comunidade LGBT+.
- Instituto Mais Diversidade - Empoderamento profissional da população LGBTQIAP+.
- LGBT+ Movimento - Trabalho com migrantes e refugiades LGBTTQIA+.
- Somos - Realiza ações em direitos humanos com ênfase em direitos sexuais e reprodutivos de LGBTs.
Indicações de Parceiros
- Arquivo Lésbico Brasileiro - Organização da sociedade civil que tem o objetivo de preservar registros históricos e culturais sobre lesbianidades e facilitar o acesso a esses itens.
- PoupaTrans - Coletivo que tem como propósito ajudar as pessoas trans/travestis na retificação do prenome e/ou gênero.
- Revista Alternativa L.
Indicações dos Leitores
- Associação Viva a Diversidade -
https://www.vivadiversidade.org/
Algumas ONGs da lista indicaram filmes, séries, livros e oportunidades LGBTQIA. Vamos conferir?
Indicações da Casa 1
14 séries com personagens bissexuais:
THE BOLD TYPE
Hit do canal estadunidense Freeform que chegou na Netflix, “The Bold Type” é uma daquelas gratas surpresas. Contando a história de três amigas que trabalham em uma revista de moda em Nova Iorque, a série tem um crescimento de narrativa e desenvolvimento de personagens surpreendente. Destaque para Kate Edison (Aisha Dee) que ao longo das quatro temporadas (a quinta ainda não estreou na plataforma de streaming), vai explorando sua sexualidade e buscando seu lugar na comunidade LGBT+. Tudo com muita delicadeza e fofura.
HOW TO GET AWAY WITH MURDER
Falar que Viola Davis é uma das grandes atrizes do cinema mundial é chover no molhado, mas sua grandeza não se limitou às telonas. Para a tv, Viola topou protagonizar “How to Get Away with Murder”, que no Brasil ganhou o título “Como defender um Assassino”. A trama de suspense policial e jurídico ganha profundidade e prende a atenção pelo desenvolvimento da vida de seus e suas protagonistas. E o interessante é que se surge inicialmente como um plot um tanto desconexo, a bissexualidade de Annalise Keating (Viola Davis) se torna um dos pontos centrais de sua personalidade e tem muita relevância na trama.
OS ÚLTIMOS DIAS DE GILDA
Quem está junto de Viola no hall de grandes atrizes do cinema e da tv é a fluminense Karine Teles que brinco estar em todos os filmes nacionais dos últimos cinco anos. Nas telinhas Karine protagonizou a brilhante minissérie “Os Últimos Dias de Gilda”, primeira produção a ser selecionada para o Berlinale Series, mostra do Festival de
Berlim, este ano. Potente, a trama traz Gilda em um Rio de Janeiro meio fantástico, lidando com o conservadorismo de seus e suas vizinhas. Para assistir e aplaudir de pé.
ELITE
Focada em um público adolescente e de jovens adultos, a trama é bem divertida e sexy. Apesar de contar com várias personagens bissexuais, o destaque é Polo (Álvaro Rico), que desenvolve várias relações sem passar vontade!
JANE THE VIRGIN
A trama começa com Jane, uma jovem de família religiosa venezuelana que está esperando o casamento para transar, até que é engravida por uma inseminação feita por acidente. Ao longo das deliciosas e divertidas quatro temporadas Jane se relaciona com vários boys, um deles, Adam, um quadrinista bissexual interpretado por Tyler Posey. Vale destacar que uma das personagens principais também se entende bissexual ao longo da trama, mas deixo em segredo para não estragar a surpresa.
RIVERDALE
Outra série adolescente de crimes e mistérios, “Riverdale” é baseada em quadrinhos e também sucesso nos EUA e aqui no Brasil. A bissexualidade aparece na série de forma bem tranquila com o personagem Moser (Cody Kearsley) depois dele viver no armário por algumas temporadas.
A LENDA DE KORRA
A trama toda se passa em um mundo dividido em quatro nações baseadas em elementos da natureza e que conta com um ser que reúne todas elas, no caso, Avatar. O mais legal é que Korra, a protagonista da segunda “temporada” é uma mulher que se entende bissexual, algo que fica meio em aberto no desenho mas que logo foi confirmado nos quadrinhos lançados posteriormente.
GREY’S ANATOMY
Tem quem ame, tem quem odeie, mas é inegável que “Grey’s Anatomy” é campeão de diversidade na televisão estadunidense e ao longo de suas 17 temporadas já teve diversas personagens LGBT+, incluindo três bissexuais com tramas de bastante destaque em meio ao dia dia do setor de cirurgia de um hospital em Seattle . Ainda que apresentadas algumas vezes, em especial nas primeiras temporadas como “incertezas”, todas as tramas acabaram caminhando muito bem.
THE GOOD WIFE
“The Good Wife” está na minha lista de top 5 melhores séries da vida, recebendo o prêmio de ter conseguido fazer seis temporadas perfeitas (a sétima infelizmente deu uma escorregada, mas ainda é melhor do que muita série por aí). A dramédia jurídica conta a história de uma dona de casa que retorna para os tribunais depois do marido político ser preso. Parte importante da trama é Kalinda Sharma (Archie Panjabi) uma sexy e misteriosa investigadora bissexual responsável por, pelo menos, metade das melhores cenas da série.
YOUNGER
“Youger” é uma das séries bobinhas, mas extremamente divertidas. Na trama, uma mulher de 40 anos finge ter 27 para conseguir um emprego após ter ficado mais de uma década fora do mercado de trabalho. Além do texto ácido e o figurino maravilhoso de Patricia Field (responsável pelos looks de “Sex and the City” e “O Diabo veste Prada”), as personagens coadjuvantes são um chamariz, em especial Lauren (Molly Kate Bernard), uma jovem judia meio doidinha e bissexual.
STATION 19
“Station 19” é uma série derivada de Grey’s Anatomy e tem a vantagem de ser exibida ao mesmo tempo que a série que a originou, o que permite que as tramas se cruzem e que seus personagens circulem em ambas as séries. Enquanto Grey,s foca nas tramas médicas e nos cirurgiões, Station acompanha o dia dia dos bombeiros e bombeiras de Seattle, em especial o batalhão 19, composto de uma equipe bem diversa e que tem como destaque Maya Bishop (Danielle Savre), uma bombeira medalhista olímpica bissexual.
FERAS
Considero “Feras” uma das melhores séries brasileiras feitas. Exibida no canal a cabo MTV Brasil, conta a história de 6 jovens lidando com relacionamentos. Destaque para Joana (Mohana Uchoa) que vive junto do companheiro Peu (Tulio Starling) e seu bebê, o que não a impede de querer viver sua sexualidade, incluindo relacionamento com outras mulheres. Vale dar um play e enaltecer essa produção nacional.
O MUNDO SOMBRIO DE SABRINA
Pensei bastante se colocaria “O Mundo Sombrio de Sabrina” nessa lista, porque a sexualidade e a bissexualidade das personagens está bastante ligada à questões fantásticas. Composta por bruxas e demônios (incluindo o próprio Satã), o universo de Sabrina usa a sexualidade fluida de seus componentes como uma característica da magia e desse universo sobrenatural. Porém, se a questão é representatividade e visibilidade, por que não? De quebra, a trama da jovem bruxa dividida entre seus amigos e amores humanos e demoníacos é super divertida.
KILLING EVE
“Killing Eve” é uma das melhores séries dos últimos anos e conta com duas das melhores atrizes de sua geração: Sandra Oh como Eve, uma agente da inteligência britânica que persegue a assassina serial Villanelle interpretada por Jodie Comer. Com muitas cenas de tirar o fôlego, é ao meu ver uma série protagonizada por duas personagens bissexuais, ainda que em geral, as pessoas coloquem apenas Villanelle como bi.
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Indicações do Eternamente Sou
Programa de empregabilidade 50+:
Dia 24/06, a
Eternamente Sou lançou o programa de empregabilidade e geração de renda “Talentos Eternos”, totalmente centralizado no público LGBT acima de 50 anos. Com parceiros como
Maturi, Mais Diversidade e Armazém do Caos, a organização pretende criar novas pontes do público LGBT50+ com o mercado de trabalho, e também gerar novas possibilidades de renda para os assistidos. Para mais informações:
@eternamentesou.
Indicações do Instituto LGBT
12 livros clássico da literatura LGBT+ brasileira:
VOLÚPIA DO PECADO
De Cassandra Rios (1948). Romance pioneiro da literatura lésbica nacional escrito por Cassandra Rios aos 16 anos.
EU, RUDDY
De Ruddy Pinho (1980). Obra pioneira da primeira autora trans a publicar uma obra no Brasil
QUEDA PARA O ALTO
De Anderson Herzer (1982). Autobiografia de um adolescente trans que narra os horrores da FEBEM, uma das mais perversas instituições da ditadura militar brasileira.
MEU CORPO DARIA UM ROMANCE
De Herbert Daniel (1983). Escrito por um ex-guerrilheiro e exilado, o livro mistura autobiografia, ficção e ensaio sobre os impactos da violência homofóbica, do machismo, racismo e gordofobia nos corpos.
PRIMEIRA CARTA AOS ANDRÓGINOS
De Aguinaldo Silva (1975). Um clássico da literatura LGBT+ nacional, a obra lida com o estranhamento e o medo diante do homoerotismo.
TESTAMENTO DE JÔNATAS DEIXADO A DAVI
De João Silvério Trevisan (1974). O lindo conto que nomeia o livro investe na construção de narrativas sagradas para as paixões consideradas malditas.
AS SEREIAS DA RIVE GAUCHE
De Vange Leonel (2002). A peça de Vange Leonel é um incrível aula sobre a história da literatura lésbica, rememorando a vida e obra das incríveis Radclyffe Hall, Djuna Barnes e Natalie Barney.
MORANGOS MOFADOS
De Caio Fernando Abreu (1982). Lírico e visceral, esse livro de contos é a obra prima de Caio Fernando Abreu, um dos mais conhecidos autores gays brasileiros.
INSUBMISSAS LÁGRIMAS DE MULHERES
De Conceição Evaristo (2011). Conceição Evaristo é a autora que cunhou o importante conceito de “escrevivência”. O conto “Isaltina Campo Belo” é uma emocionante narrativa de insubmissão lésbica.
PAULICÉIA DESVAIRADA
De Mário de Andrade (1922). Uma das mais importantes obras poéticas do modernismo brasileiro vem sendo investigada nos últimos anos desde uma perspectiva LGBT+, permitindo releituras incríveis.
POEMAS DO AMOR MALDITO
De Gasparino Damata e Walmir Ayala (org) (1969). A primeira coletânea brasileira de poesia que se dedicou a reunir a produção de temática homoerótica no país.
JULIETA E JULIETA
De Fátima Mesquita (1998). Esse lindo livro de contos representa uma mudança de perspectiva na literatura lésbica nacional ao ser recheado de fnais felizes.
Acesse
aqui o PDF completo com mais indicações do Instituto LGBT.
Indicações da Mais Diversidade
11 filmes LGBTQIA+ exclusivamente brasileiros:
HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO
Conta a história sobre Leonardo, um adolescente cego, que tenta lidar com a mãe super protetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. O filme é um tanto clichê porém gracioso abordando a deficiência visual, quebrando o estereótipo de que pessoas cegas não saem, apaixonam ou não possuem uma vida afetiva/sexual.
BEIRA MAR
Matin e Tomaz viajam para o litoral gaúcho. Martin precisa encontrar um documento para o pai na casa de parentes, e Tomaz decide acompanhá-lo. Os dois acabam abrigando-se em uma casa de vidro à beira-mar, a fim de fugir da rejeição familiar de Martin e da estranha distância que surgiu entre os dois. É um filme sobre as dificuldades de se entender gay, mas também sobre o perrengue que é ser adolescente.
PRAIA DO FUTURO
Donato trabalha como salva-vidas. Seu irmão caçula, Ayrton, tem grande admiração por ele, devido à coragem demonstrada ao se atirar no mar para resgatar desconhecidos. Um deles é Konrad, um alemão de olhos azuis que muda a vida de Donato após ser salvo por ele.
BACURAU
Pouco após a morte de dona Carmelita, aos 94 anos, os moradores de um pequeno povoado localizado no sertão brasileiro, chamado Bacurau, descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa. Aos poucos, percebem algo estranho na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam à cidade pela primeira vez. O filme foi um estouro de bilheteria não por acaso: pode ser lido como uma alegoria sócio política do Brasil contemporâneo ou um bom faroeste.
AMOR, PLÁSTICO E BARULHO
Shelly é uma jovem dançarina que tem o sonho de se tornar cantora de Brega. Ela entra para o show business em busca de fama e fortuna mas, inserida em um mundo onde tudo é descartável, incluindo o amor e as relações humanas e vai encontrar grandes dificuldades para atingir a fama, sempre espelhada nos passos de Jaqueline, sua companheira de banda e musa inspiradora. O filme não é propriamente um longa de temática LGBT, mas é genial e optou-se por adicioná-lo à lista por contar com um personagem gay e por haver uma cena de afeto homossexual.
CORPO ELÉTRICO
Elias é assistente numa confecção de roupas no centro de São Paulo. Ele mantém pouco contato com a família na Paraíba e passa seus dias entre os tecidos do trabalho e encontros com homens. O fim do ano traz reflexões sobre possibilidades de futuro, reconexões com o passado e muitas horas extras, que acabam por aproximá-lo dos colegas da fábrica e consequentemente inseri-lo em novos círculos de amizade e cenários.
A VOLTA DA PAULICEIA DESVAIRADA
Do mesmo diretor que trouxe para nós as histórias da noite paulistana no passado em “São Paulo em Hi-fi”, Lufe Stefan, “A volta da Pauliceia Desvairada” cobre a cena da música e da cultura LGBT e noite na cidade paulistana dos anos 2000 com direito a participação de figuras icônicas como Silvetty Montilla e Salete Campari e uma série de DJs atuais.
BIXA TRAVESTY
O corpo político de Linn da Quebrada, cantora transexual negra, é a força motriz desse documentário que captura a sua esfera pública e privada, ambas marcadas não só por sua presença de palco inusitada, mas também por sua incessante luta pela desconstrução de estereótipos de gênero, classe e raça. Um aulão sobre gênero com uma das figuras mais carismáticas do Brasil hoje.
TATUAGEM
Clécio Wanderley é o líder da trupe teatral Chão de Estrelas, que realiza shows repletos de deboche e com cenas de nudez. A principal estrela da equipe é Paulete, com quem Clécio mantém um relacionamento. Um dia, Paulete recebe a visita de seu cunhado, o jovem Fininha, que é militar. Encantado com o universo criado pelo Chão de Estrelas, ele logo é seduzido por Clécio. Não demora muito para que eles engatem um tórrido relacionamento, que o coloca em uma situação dúbia: ao mesmo tempo em que convive cada vez mais com os integrantes da trupe, ele precisa lidar com a repressão existente no meio militar em plena ditadura.
TINTA BRUTA
O jovem Pedro (Shico Menegat) vive um momento complicado, ele responde a um processo criminal ao mesmo tempo em que precisa lidar com a mudança da irmã, sua única amiga. Como forma de catarse, ele assume o codinome GarotoNeon e passa a se apresentar anonimamente na internet dançando nu na escuridão do seu quarto, coberto apenas por uma tinta fluorescente. Destaque para as atuações potentes dos estreantes Menegat, Bruno Fernandes e Guega Peixoto.
MÃE SÓ HÁ UMA
Pierre descobre que sua família não é biológica quando a polícia prende sua mãe. Confuso, ele vai atrás de seus parentes verdadeiros, que o conhecem como Felipe, e a nova realidade faz com que o rapaz encontre finalmente sua real identidade. Um trabalho potente da diretora Anna Muylaert, pós o estrondoso sucesso de “Que horas ela volta?”.
Confira também esse
eBook criado pela Mais Diversidade, que conta a história do movimento LGBTQIA+ no mundo e no Brasil e traz mais dicas culturais e sociais sobre o tema. Está imperdível!
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