Hard Skills e Soft Skills: O que são e como desenvolver?

1 de agosto de 2024

Saiba como melhorar a eficiência da sua organização a partir da capacitação das habilidades técnicas (hard skills) e habilidades interpessoais (soft skills) de sua equipe. Entenda mais sobre esses conceitos no artigo.

Um grupo de pessoas está sentado ao redor de uma mesa escrevendo em um pedaço de papel.

Você já ouviu falar de hard skills e soft skills? Calma, este artigo não está em inglês. É importante trazer esses termos à tona, pois são amplamente utilizados, mas vamos simplificar: aqui, as hard skills serão chamadas de habilidades técnicas, enquanto as soft skills serão as habilidades interpessoais. Nesta publicação, queremos te ajudar a compreender e desenvolver esses conceitos, para melhorar a eficiência das organizações, capacitar os colaboradores para lidar tanto com aspectos técnicos quanto com a comunicação e trabalho em equipe.


Habilidades Técnicas: Medindo o Conhecimento


As Hard Skills, ou habilidades técnicas, consistem no conhecimento adquirido e mensurável. Por exemplo, ao concluir um curso de idiomas, é possível fazer um teste de proficiência para comprovar o domínio da língua. Da mesma forma, um diploma universitário representa o cumprimento dos requisitos para obter um título.


Habilidades Interpessoais: Conexões Emocionais


As Soft Skills, ou habilidades interpessoais, dizem respeito à maneira como nos relacionamos conosco e com os outros. A empatia, a solidariedade, a calma e a coragem são exemplos. Embora possam ser desenvolvidas e aprimoradas, não seguem o mesmo padrão de aprendizado das habilidades técnicas. Sua mensuração é desafiadora devido à sua ligação direta com as emoções humanas.

Leia mais: Gestão de Pessoas e Bem-estar no Terceiro Setor - Treinamento, Formação e Plano de carreira


O Equilíbrio nas Organizações da Sociedade Civil


No contexto do terceiro setor, compreender e aplicar estes conceitos é fundamental para impulsionar o impacto das organizações sociais. As habilidades técnicas, como conhecimentos em captação de recursos, gestão financeira e elaboração de projetos, são essenciais para garantir a eficiência operacional e a sustentabilidade financeira das OSCs. Por meio de cursos, treinamentos e capacitações específicas, os colaboradores podem adquirir e aprimorar essas habilidades, melhorando a qualidade dos serviços prestados e a gestão dos recursos disponíveis.


Por outro lado, habilidades interpessoais, como facilidade em papéis de liderança, comunicação eficaz, empatia e trabalho em equipe, são fatores importantes para estreitar laços com colaboradores e no engajamento comunitário. No terceiro setor, onde as relações humanas são a base do trabalho social, desenvolver essas competências permite uma maior conexão com os beneficiários, voluntários e parceiros, facilitando a construção de redes de apoio sólidas e o alcance de resultados mais significativos.


Por muito tempo, as habilidades técnicas reinaram soberanas no mundo profissional, enquanto as interpessoais eram frequentemente negligenciadas. Hoje, percebemos que ambas são importantes. Essa mudança de paradigma é discutida em obras como "Inteligência Emocional", de Daniel Goleman, por exemplo. 


Ao integrar as duas competências, as OSCs podem criar um ambiente de trabalho mais colaborativo, inovador e eficiente. Isso não apenas melhora a capacidade de entrega dos programas e projetos sociais, mas também fortalece a sustentabilidade das organizações ao longo do tempo, capacitando os profissionais a enfrentarem os desafios complexos e em constante evolução do cenário social.


Hard Skills e Soft Skills: Na prática 


Há diferentes maneiras de implementar e reconhecer essas habilidades em sua organização. Algumas delas são:


Aplicação das Hard Skills:


  • Capacitações Específicas: Ofereça ou indique cursos e treinamentos voltados para o terceiro setor, como captação de recursos, gestão financeira para OSCs, elaboração de projetos sociais, entre outros. Aqui, no Portal do Impacto, disponibilizamos oportunidades gratuitas de aprendizado.


  • Parcerias Educacionais: Estabeleça parcerias com universidades e instituições de ensino para oferecer programas de capacitação que abordem temas relevantes para a gestão de organizações sociais.


  • Utilização de Ferramentas Tecnológicas: Introduza o uso de softwares e ferramentas tecnológicas que facilitem o gerenciamento de doações, voluntários, projetos e impacto social.



Reconhecimento das Soft Skills:


  • Reconhecimentos: Estimule uma cultura de feedback aberto e construtivo, valorizando habilidades como empatia, comunicação eficaz e colaboração.


  • Avaliações 360 Graus: Implemente avaliações de desempenho que considerem não apenas o cumprimento de metas, mas também o desenvolvimento de habilidades interpessoais, como liderança e resiliência.



  • Desenvolvimento de Liderança: Crie programas de desenvolvimento de liderança que se concentrem no fortalecimento de habilidades como empatia, inteligência emocional e capacidade de inspirar e motivar equipes.


Para discutir mais ideias e boas práticas, convidamos você a acompanhar a nossa nova série sobre desenvolvimento emocional. O primeiro artigo já está no ar, e trata de autocuidado e saúde mental. Aguardamos você!


Inscreva-se na nossa Newsletter

Últimas publicações

Por Maria Cecilia Prates 28 de outubro de 2025
Nem tudo que é medido gera impacto real. Este artigo reflete sobre os riscos da obsessão por métricas no Terceiro Setor e como o foco excessivo em números pode distorcer o verdadeiro propósito social das organizações.
Por Rosana Meneses 16 de outubro de 2025
Entre metas, editais e sobrecarga, muitas gestoras do Terceiro Setor vivem o desafio de fazer tudo sozinhas. Neste relato,você verá lições práticas sobre como equilibrar a gestão de projetos e a captação de recursos sem perder a saúde, nem o propósito.
Por Fernando Porto 13 de outubro de 2025
Aprenda como usar o storytelling para engajar e inspirar. Descubra como ONGs podem criar narrativas autênticas que despertam empatia, fortalecem vínculos e mobilizam doadores.
Por Kamilly Oliveira 7 de outubro de 2025
Descubra como definir a missão e a visão da sua organização de forma prática e inspiradora. Um exercício essencial para alinhar propósito, estratégia e impacto social.
Por Ci Freitas 30 de setembro de 2025
O que realmente é turismo regenerativo? Vá além do sustentável e aprenda a sobre turismo sustentável e regeneração. Confira o artigo.
Por Instituto Phomenta 17 de setembro de 2025
Segundo o Governo Federal, para cada R$ 1 aplicado em projetos culturais, até R$ 1,60 volta para a economia. Esse movimento gera emprego e renda, amplia o acesso à arte e à educação e cria novas oportunidades de desenvolvimento. Apesar desse potencial, muitas organizações culturais atuam com orçamentos reduzidos e equipe limitada. Um levantamento da Iniciativa Pipa e do Instituto Nu aponta que 31% das organizações periféricas de cultura e educação têm orçamento anual de até R$ 5 mil, e 58% funcionam de forma totalmente voluntária, sem equipe remunerada. São iniciativas que já promovem impacto real, mas enfrentam dificuldades para acessar leis de incentivo, conquistar patrocínios e participar de editais. Porém, com apoio direcionado, podem fortalecer sua atuação e alcançar mais pessoas. Fortalecimento e oportunidade de crescimento O Programa de Aceleração Cultural é uma iniciativa do Instituto Phomenta, em parceria com o Ministério da Cultura e patrocínio do Grupo Ultra e suas unidades de negócio: Ultragaz, Ultracargo, ICONIC, Ultra e Instituto Ultra e Ipiranga. A proposta é apoiar organizações que atuam com cultura e educação, oferecendo formações e acompanhamento para melhorar a gestão, ampliar as estratégias de captação e facilitar o acesso a Leis de Incentivo à Cultura. O programa é gratuito, online, acessível para pessoas com deficiência e acontecerá no 2º semestre de 2025, com 40 horas de duração entre encontros ao vivo, atividades práticas e mentorias individuais. Além do conteúdo, as organizações participantes receberão bolsa auxílio de até R$ 2.000, como incentivo para participação ativa. Quem pode participar Organizações localizadas em São Paulo (SP), Campinas (SP), Santos (SP) e Duque de Caxias (RJ) que: Tenham pelo menos 1 ano de existência e CNPJ ativo Desenvolvam atividades culturais com caráter educativo, como oficinas, cursos, programas de formação, acompanhamento pedagógico e ações culturais que visem ensino e transformação social Possuam canais de comunicação ativos (site e/ou redes sociais) Não promovam partidos políticos, religiões específicas, violência ou criminalidade Será necessário comprovar experiência mínima de 1 ano em ações culturais educativas durante a etapa de envio de documentos. O que será oferecido O Programa de Aceleração Cultural inclui mentorias personalizadas, formações em gestão, sustentabilidade financeira e captação de recursos, apoio para acessar Leis de Incentivo à Cultura e rodas de conversa para troca de experiências entre organizações participantes. Como incentivo à participação, cada organização poderá receber até R$ 2.000 em bolsa auxílio, considerando presença mínima de 75% nos módulos e participação nas atividades previstas. Por que participar Esta é uma oportunidade para fortalecer a atuação, ampliar a visibilidade e criar condições para que projetos culturais educativos se mantenham e cresçam. Além do conteúdo prático, o incentivo financeiro ajuda a garantir a presença de quem já enfrenta restrições orçamentárias. E a rede formada entre as organizações participantes favorece trocas e colaborações que podem gerar impacto duradouro. Como participar As inscrições para o processo seletivo estão abertas até 01 de outubro de 2025. Após o cadastro, haverá uma sessão explicativa para apresentar o programa e tirar dúvidas, seguida do envio de documentação para análise. As organizações aprovadas participarão dos dois módulos e das mentorias individuais. Mais informações sobre o Programa de Aceleração Cultural estão disponíveis no botão abaixo!
mostrar mais

Participe do nosso grupo no WhatsApp para receber nossos conteúdos em primeira mão

Entrar para o grupo